terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ego segundo Jung e Freud

Para Jung o Ego é o centro da consciência (mas não a consciência) e um dos maiores Arquétipos da personalidade. Ele fornece um sentido de consistência e direção em nossas vidas conscientes para nos adaptarmos a realidade.
As experiências do ego se dão em duas bases interligadas:
Base psíquica: memória, vontade e concentração.
Base somática: experiências corporais.
As experiências que não passam pelo ego, no entanto, também são captadas pelo campo da consciência e não se perdem. Ao contrário, são armazenadas no inconsciente pessoal junto com outras experiências que em algum momento foram conscientes mas que passaram a ser reprimidas ou desconsideradas por algum motivo.

Ego- Freud
O ego desenvolve-se a partir do id com o objetivo de permitir que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a espera no comportamento humano.
 A satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas. A principal função do ego é buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do id e a realidade e, posteriormente, entre esses e as exigências do superego. O ego não é completamente consciente, os mecanismos de defesa fazem parte de um nível inconsciente.
Já dizia Thomas Hobbes que “o homem é o lobo do homem”. É claro que aqui ele estava olhando não de um ponto de vista psicológico, mas sim social, falando sobre a ferocidade que um ser humano é capaz de manifestar a outro, nas agressões, assaltos, assassinatos, ataques de raiva, xingamentos, etc. Mas se podemos fazer isso com os outros, o que não seriamos capazes de fazer contra nós mesmos, certo?
O Ego, para quem não sabe, é a estrutura da mente que reúne nosso senso de identidade, realidade e personalidade. Dentro da teoria freudiana, o Ego é uma de três estruturas básicas da mente e divide espaço com o Id e o Superego. Dessas três estruturas, somente o Ego aparece em outras teorias. O Id e o Superego são exclusivas da psicanálise.

Para Jung:
Jung reconhece o Ego como sendo um complexo – uma reunião de ideias e afetos em torno de um núcleo temático comum – o complexo da identidade de eu ou simplesmente o Complexo de Eu. Complexos dentro da teoria junguiana não são necessariamente ruins. Eles são as estruturas básicas da psique.
 E o Ego é o nome dado ao complexo central da consciência, que reune tudo o que sabemos de nós mesmos. Enquanto a Sombra reúne o que identificamos como sendo “não-eu”, o Ego reúne todas as ideias, afetos e imagens relacionadas ao “Eu”.
Memórias de infância, nossa imagem corporal, nossos projetos, sonhos e desejos, nossos pontos fortes e fracos, nossos gostos pessoais e todo o mais que identificamos como nosso, ou melhor, como sendo “eu”, forma o nosso Ego.

Sincronicidade




A sincronicidade é um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal mas por coencidencias significativas .
Os eventos sincronicos ocorrem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa "coincidência significativa", onde esse significado sugere um padrão subjacente.
Carl Jung defende que os fenômenos sincronísticos podem ser agrupados em três categorias:
1. Coincidência de um estado psíquico do observador com um acontecimento objetivo externo e simultâneo, que corresponde ao estado ou conteúdo psíquico, onde não há nenhuma evidência de uma conexão causal entre o estado psíquico e o acontecimento externo e onde, considerando-se a relativização psíquica do espaço e do tempo tal conexão é simplesmente incocebível.

2. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento exterior correspondente (mais ou menos simultâneo), que tem lugar fora do campo de percepção do observador, ou seja, espacialmente distante, e só se pode verificar posteriormente.

3. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento futuro, portanto, distante no tempo e ainda não presente, e que só pode ser verificado também posteriormente.
 
 

domingo, 6 de novembro de 2011

Depressão

O que é depressão?

O termo “depressão” é comumente associado à um estado de doença, e, portanto, um estado anormal e indesejável. O que chamamos de depressão caracteriza-se, em geral, por uma falta de interesse pela vida, falta de vontade de viver, medo de enfrentar situações, incapacidade de lidar com coisas básicas do dia a dia, falta de paciência, inibição, choro fácil, estado de apatia generalizado. A pessoa deprimida sente-se incapaz de lidar com algo da sua vida que a atormenta mas que não consegue identificar, sente que não vale a pena viver e lutar, o que a leva a afastar-se de tudo e todos podendo consumar o suicídio quando já não consegue funcionar, quando o sofrimento psíquico atinge um limiar insuportável.
Existem, entretanto, diversos graus de depressão, e nem todos se constituem enquanto doença. Há depressões que podem ser consideradas saudáveis, por serem reativas a perdas significativas do indivíduo, e portanto representam a capacidade do ego de realizar uma nova reestruturação interna para lidar com aquela perda.
No entanto, nos últimos anos, tem ocorrido progressivamente a banalização do uso do termo “depressão”, e frequentemente estados de tristeza e luto normais são enquadrados sob o rótulo de doença depressiva.
A célebre frase de Winnicott de que “a saúde é tolerante com a doença” significa que, em muitas ocasiões, é mais saudável adoecer do que se manter invulnerável, já que “a tarefa de viver é difícil em si mesma”.
Por isso, apesar da depressão poder se desenvolver em uma doença séria e incapacitante, ela é muitas vezes um estado de humor passageiro inerente à condição humana na sua tarefa de viver.
A depressão surge, quase sempre, em acontecimentos de vida importantes e transformadores para a pessoa, tais como o nascimento de um filho, morte de alguém, divórcio, casamento, perda de emprego, envelhecimento, adoecimento etc.

Quando a depressão pode ser considerada uma doença?

Para saber se a depressão apresentada pelo indivíduo pode ser considerada uma doença que requer tratamento, precisamos considerar dois fatores: o primeiro é o fator “tempo”, ou seja, quando a “névoa depressiva” não consegue ser dissipada apenas com os recursos internos do indivíduo , não apresentando melhora em seu estado de humor mesmo após um período de tempo prolongado (o que é relativo dependendo da situação deflagradora), e o indivíduo não consegue retomar o curso de sua vida. O segundo tem a ver com a natureza do “fator deflagrador”, ou seja, quando o indivíduo se deprime muito facilmente sem um motivo que possa justificar tal reação, ou se desestrutura diante de qualquer dificuldade ou perda triviais. O maior perigo da depressão é poder conduzir ao suicídio quando a ultima réstia de esperança desaparece e a vida perde completamente o sentido.
Sintomas da Depressão: Os sintomas da depressão mais frequentes são: afastar-se das pessoas, falta de vontade de realizar tarefas que se vai alastrando aos poucos, cansaço e falta de energia, vontade de se isolar, intolerância ao barulho ou exposição ao mesmo como forma de alheamento, abusar de medicamentos ou drogas, medo de falhar, culpa generalizada pelos seus atos e pelos dos outros, desleixo com o corpo e a imagem, choro fácil e em períodos prolongados, insônia, alteração do apetite, dores generalizadas pelo corpo (cabeça, tronco, lombares, cintura, braços e pernas por vezes diagnosticadas como fibromialgia), não se sentir bem em lugar algum, baixa auto-estima e sentimento de desvalorização, sentimento de não ser amado por ninguém, medo, entre outros sintomas.
Existe ainda outras depressões tais como a depressão bipolar que para além de apresentar os sintomas já mencionados, há fases em que a pessoa acha que é superior a tudo e se sente eufórica (fase maníaca) e outras em que fica completamente deprimida e sem reação, entrando por vezes num mutismo e isolamento enormes.
A depressão pós parto, outro tipo de depressão, pode incluir um afastamento do bebê por parte da mãe, o não querer cuidar da criança, sintomas de incapacidade maternal, pânico do que possa acontecer à criança, para além dos sintomas já descritos.

Qual o Tratamento mais adequado da depressão?

O desenvolvimento da indústria de psicofármacos, se por um lado representou um grande avanço no tratamento de distúrbios psiquiátricos graves, por outro alimentou o equívoco reducionista de que é possível curar uma doença psíquica apenas com o tratamento medicamentoso.
Embora acreditemos que em muitas ocasiões a medicação é um coadjuvante de grande importância para o sucesso do tratamento, auxiliando o paciente a suportar a “névoa depressiva” enquanto a terapia se desenrola, vemos com desconfiança qualquer tratamento da depressão que a divorcie da história pessoal do indivíduo.
Portanto, acreditamos que a psicoterapia deve sempre protagonizar o tratamento, sendo imprescindível ao mesmo e servindo de suporte ao paciente deprimido, permitindo que ele possa elaborar suas perdas (concretas ou simbólicas) e construir, pouco a pouco, o alicerce necessário para lidar com as dificuldades pertencentes ao viver criativo.
Desta maneira, acreditamos que há casos em que o tratamento da depressão pode ser feito só com psicoterapia, mas não há casos que pode ser feita só com medicamentos.        Porquê?
 Porque o tratamento medicamentoso poderá minimizar ou mesmo extinguir os sintomas aparentes, mas não irá tratar da desestruturação intrapsíquica que causou estes sintomas, e deste modo, só atua enquanto a pessoa o estiver a tomar, voltando os sintomas quando o deixa de tomar.Há quem tome medicamentos para a depressão a vida inteira, conduzindo a uma deterioração das capacidades cognitivas (memória, atenção e percepção), e não se curando.

 A restauração do afeto, trabalho feito na psicoterapia é a chave para a cura, pois implica o indivíduo como participante ativo na construção da mesma e o coloca de uma maneira menos alienada diante de si mesmo. Por isso, apesar de mais demorado, o tratamento psicológico ajuda no fortalecimento do ego individual, de modo que este indivíduo conquistará uma posição mais apto para futuros enfrentamentos de suas dificuldades.
O que é um Símbolo




A psique está em constante atividade sempre produzindo símbolos que são expressões indefinidas com significados diversos e próprios para cada indivíduo.

Por isso para se conhecer o verdadeiro significado de um símbolo deve-se levar em conta o indivíduo, o momento em que ele esta vivendo atualmente e o contexto no qual o símbolo surgiu.

A palavra símbolo provém do termo grego symbolon, derivado do verbo sym-ballein, que significa “lançar com, pôr junto com juntar”. Ele é constituído por duas partes: o simbolizante e o simbolizado.

O simbolizante é a parte visível e acessível à nossa experiência imediata, a partir do qual a intuição tende a reconstituir a realidade total.

Já o simbolizado é a parte invisível, imperceptível, inobservável, inexprimível; em suma: o inconsciente, o metafísico, o sobrenatural e o surreal.

Explicando este termo significa que o símbolo serve para unir o conhecido ao desconhecido, ou seja, o simbolizante ao simbolizado.



Para Jung Os símbolos “são tentativas naturais de lançar uma ponte sobre o abismo muitas vezes profundo entre os opostos, e de equilibrar as diferenças que manifestam” (. Assim o símbolo é como uma ponte que aproxima o inconsciente e a consciência

Como os símbolos possuem um aspecto inconsciente eles são responsáveis pelo trânsito da energia psíquica entre o consciente e o inconsciente, além de possibilitar a transformação da energia de uma forma de manifestação para a outra.

O símbolo é o material utilizado pela função transcendente que através da união dos opostos permite a transição de uma atitude psicológica para outra sem que haja perda do material inconsciente. Através desta função podemos ir além (transcender) de um conflito sem cair na parcialidade.

Por possuírem uma riqueza de significados os símbolos não podem ser delimitados a algo que expressam uma totalidade psíquica pessoal, cultural e arquetípica.

Os símbolos podem ser individuais ou coletivos.
Os símbolos coletivos se expressam por meio da cultura unindo a consciência coletiva ao inconsciente coletivo e nos possibilitam compreender a dinâmica das massas e das nações.
Um dos mais famosos símbolos coletivo é o Martelo de Thor, utilizado por Adolf Hitler como Suástica. O Martelo de Thor (Deus do Trovão) é do tempo dos Víkings e simboliza a proteção divina contra o perigo, porém como foi mal usado por pelos nazistas, hoje o vemos como algo repugnante.
 

O Inconsciente Pessoal e os Complexos




O Inconsciente Pessoal,
De acordo com as teorias de Jung o insconsciente é formado por duas camadas, o inconsciente coletivo onde estão localizado os arquétipos e o inconsciente pessoal onde estão localizados os complexos.
Complexos
Para a psicologia analítica os complexos são algomerados de idéias inconscientes associadas a eventos ou experiências particulares e funcionam como se fossem uma personalidade interior.
 

Para Jung um complexo é formado por 02 elementos: “uma casca”, asuperfície do complexo o qual determina os padrões de comportamento, e um núcleo autônomo que está ancorado aos arquétipos.
Os complexos ao longo da vida tendem a ampliar-se por meio de atração de novas idéias ou novas representações de tom emocionais que estejam alinhadas com o seu núcleo.
Por exemplo: Um complexo paterno pode ser estimulado por uma pessoa que simboliza um pai (por ex., um amigo mais velho) ou por um estímulo psicológico que evoca memórias do pai. Emoções, imagens, memórias e idéias relacionadas ao pai vem à percepção e são expressas durante este período.

Fonte:
A estrutura da Alma – Carl Jung
Carl Gustav Jung - Psicologia do Inconsciente
Os Arquetipos e o Inconsciente Coletivo Carl Gustav Jung

O inconsciente coletivo e os arquétipos




Inconsciente coletivo é a parte da psique onde se encontram as experiências humanas herdadas dos nossos ancestrais e que não provêm da nossa experiência pessoal. Estas experiências comum a todos seres humanos independente da cultura onde estamos inseridos são denominadas arquétipos.
Para Jung os arquétipos não possuem conteúdos específicos:
“Os arquétipos são como que órgãos da psique pré-racional. São sobretudo estruturas fundamentais características, sem conteúdo específico e herdadas desde os tempos mais remotos. O conteúdo específico só aparece na vida individual em que a experiência pessoal é vazada nessas formas.”
Os arquétipos são forças numinosas:
“Os arquétipos não são apenas impregnações de experiências típicas, incessantemente repetidas, mas também se comportam empiricamente como forças ou tendências à repetição das mesmas experiências. Cada vez que um arquétipo aparece em sonho, na fantasia ou na vida, ele traz consigo uma “influência” específica ou uma força que lhe confere um efeito numinoso e fascinante ou impele à ação.” Jung
O arquétipo é como um pano de fundo da experiência, são possibilidades que existem no inconsciente coletivo, potencialidades; que será utilizado a medida que existirem as possibilidades.
A energia de um arquétipo quando este é ativado atrai para si como que por imantação idéias e experiências emocionais que compõem os complexos pessoais.
Os arquétipos não são observáveis em si, mas apenas através das imagens que eles proporcionam eles podem ser percebidos experiências básicas e universais da vida tais como nascimento, casamento, maternidade, morte e separação.
O território dos arquétipos é o mundo invisível dos espíritos, deuses, demônios, vampiros, duendes, heróis e todos personagens das épocas passadas da humanidade sobre as quais foi depositada forte carga de afetividade.
Por fim os arquétipos quando atuam positivamente são fonte de inspiração nas artes e nas ciências, mas quando atuam de forma negativa manifestam-se como rigidez, fanatismo e possessão.
Segundo Jung um exemplo de atuação negativa do arquétipo se deu no caso do nazismo alemão, onde a antiga imagem arquetípica de Wotan ( deus principal da mitologia nórdica que possuía atributos da fúria, da loucura e da guerra) foi reativada na psique de milhares de pessoas resultando num estado de possessão guerreira.
Fonte:
MITOS E ARQUÉTIPOS - Luciana Elisabete Savaris

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Por que os problemas se repetem na vida das pessoas?




image: http://www.mensagensmotivacionais.com.br/wp-content/uploads/2011/06/preocupada.jpg

Às vezes problemas semelhantes tendem a se repetir nas vidas das pessoas. A pessoa muda de casa, de trabalho, de igreja, etc, mas mesmo assim os problemas se repetem da mesma forma. E quando estes problemas se repetem a tendência da maioria das pessoas é buscar a culpa no exterior com frases do tipo: as pessoas são injustas, os homens não prestam, as mulheres são safadas, é azar, todo mundo é encrenqueiro, todo mundo é egoísta.

Mas realmente qual a explicação para tal fato?

A resposta é simples, por mais que pareça ser culpa dos outros, a razão está sempre no seu inconsciente.

A repetição de problemas ocorre porque apesar dos eventos serem diferentes as emoções ligadas a eles são sempre as mesmas, os nossos sentimentos negativos ficam guardados dentro de nós e de forma inconsciente vamos procurar alimentá-los através de situações que geram mais do mesmo sentimento.

Esse processo acontece da seguinte forma: você inconscientemente fala, age, pensa, distorce e interpreta fatos de modo a criar a situação negativa e, assim, cria cenários que atraem comportamentos negativos das pessoas e situações propícias ao aparecimento do problema.

Por isso lembre-se, todo sentimento negativo atrai situações negativas para sua vida, a raiva guardada atrai mais situações de raiva, o sentimento de escassez interior atrai dificuldades financeiras, o sentimento de injustiça atrai mais situações de injustiça.

Freud e Jung: as diferenças


image: http://forgetyourlimits.blogspot.com/2010/11/impossivel-falar-da-obra-de-jung.html

Após ler a Interpretação dos Sonhos de Freud, Carl Jung começou a se corresponder com o mesmo regularmente entre o período de 1906 e 1913 e o primeiro encontro entre os dois aconteceu em 1907 na cidade de Viena durando 13 horas. Freud admirava Jung e o via como seu sucessor chegando ao ponto de em uma de suas cartas chamá-lo de seu “príncipe herdeiro”.

Segundo alguns autores Freud queria que Jung fosse fiel a sua teoria, porém Jung não concordava com algumas das teorias do “Pai da Psicanálise”.

Algumas diferenças entre os pontos de vista de Freud e Jung:

EnergiaPsiquica/Libido
  • Para Freud a energia psíquica é de natureza sexual
  • Para Jung energia psíquica é neutra e pode assumir qualquer forma inclusive a sexual

Desenvolvimento Psiquico
  • De acordo com Freud completa-se com a maturidade psicossexual
  • Para Jung o desenvolvimento se dá do nascimento até a morte através do processo de individuação.

Inconsciente
  • Para Freud quando o individuo nasce seu inconsciente é formado apenas pelas pulsões e impulsos e com o desenvolvimento da personalidade os aspectos da mesma não aceitos e que não entram no campo da consciência (reprimidos) são depositados no inconsciente.
  • Para Jung o inconsciente é composto pelo inconsciente pessoal (complexos) e por uma camada mais profunda o inconsciente coletivo (arquétipos).

Sonho
  • Para Freud o sonho expressa a realização dos desejos sexuais reprimidos
  • Para Jung o conteúdo dos sonhos tem a função de símbolo que etimologicamente significa “aquilo que une” o inconsciente ao consciente. Para ele o sonho possui um significado próprio para quem sonha também.

Cultura
  • Para Freud a cultura se forma através do método de sublimação, onde os intintos sexuais são canalizados para outras formas. (Superego, Complexo de Edipo, tabu do incesto)
  • De acordo do Jung existe uma predisposição inata do indivíduo para a espiritualização e formação da cultura(Anima/Animus, herói).


Fonte: Jung: O homem criativo- Grinberg, Luiz Paulo,
pt.wikipedia.org/wiki
http://pensador.uol.com.br
Jung: Origem e Formação.




Carl Jung nasceu em 1875 na Suíça, oriundo de uma família protestante já na adolescência se interessou pela leitura de assuntos relacionados a literatura, filosofia e a religião principalmente pelas obras de Pitágoras, Empédocles, Heráclito, Platão, Kant , Goethe, Schopenhauer, dentre outros.

Durante os anos de 1895 a 1902 estudou Medicina onde no ano de 1900 tornou-se interno na Clínica Psiquiátrica Burgholzli, em Zurique. Durante este período Jung propôs uma uma atitude humanista frente aos pacientes. O médico deveria ver o homem de forma integral (holismo) "propor perguntas que digam respeito ao homem em sua totalidade e não limitar-se apenas aos sintomas".

Também para Jung o médico jamais poderia seguir um padrão ou método rígido no atendimento pois cada encontro com o paciente é único.



"Só aquilo que somos realmente tem o verdadeiro poder de curar-nos."

Carl Gustav Jung

Fonte: Jung: O homem criativo- Grinberg, Luiz Paulo,
pt.wikipedia.org/wiki
http://pensador.uol.com.br
 
 

Carl Gustav Jung - Freud e Jung principais diferenças

Segundo alguns autores Freud queria que Jung fosse fiel a sua teoria, porém Jung não concordava com algumas das teorias do "Pai da Psicanálise".

Algumas diferenças entre os pontos de vista de Freud e Jung:

Sobre o Inconsciente

Através da análise pessoal é possível um entendimento natural do mundo interior e, por conseguinte, uma integração mais eficaz com o mundo exterior.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O que são e para que serve?

PSICANÁLISE é um método de investigação dos processos psíquicos e um método de tratamento dos distúrbios psíquico-emocionais.
 Criado pelo Neurologista austríaco Sigmund Freud. Caracteriza-se por uma visão dinâmica de todos os aspectos da vida mental, conscientes ou inconscientes, salientando no entanto o papel destes últimos.
A psicanálise é a união entre a pesquisa e o tratamento, é impossivel tratar sem aprender alguma coisa nova, todo esclarecimento leva a libertação psíquica.
As técnicas de investigação e tratamento, caraterísticas da psicanálise consistem na observação das expressões de associacões livres, sonhos e de fatos de transferência emocional. Já se demonstrou que, depois de alguns anos de sessões, a psicanálise é capaz de alterar a química cerebral, assim como os remédios.

ANÁLISE JUNGUIANA também chamada psicologia analítica, tem como referencial a obra do psiquiatra Carl Gustav Jung.
Foi desenvolvida com base nos estudos de Freud e no amplo conhecimento que Jung tinha da tradição psicológica contida na alquimia e na mitologia.
Ela parte do pressuposto de que a psique é formada por uma parte consciente e outra inconsciente e introduz o conceito de que o inconsciente se apresenta sob dois aspectos, um pessoal e outro coletivo. O processo terapêutico têm a finalidade de promover a harmonização entre essas instâncias(pessoais e coletivas), através da reflexão sobre as manifestações psíquicas, como emoções, idéias e sonhos (que Jung chamou de símbolos).
O processo permite ao indivíduo exercer melhor suas potencialidades. O foco do processo analítico é a demanda de cada indivíduo. É indicada em diferentes contextos, seja como tratamento em várias situações psicológicas , seja como um processo de autoconhecimento profundo.
Jung via a psique como positiva e negativa, um repositório não só das memórias e das pulsões reprimidas, mas também uma instância da dinâmica da divindade

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quem é e o que faz um terapeuta da área Psi?

Analista ou terapeuta  é um profissional formado em , PSICANÁLISE, sendo PSICANALISTA,  que fez uma formação complementar em psicoterapias.  

 Esse profissional não possui como objetivo de sua conduta dizer o que o paciente tem e o que deve fazer, como um “guia de passo a passo”.


O trabalho do Analista ou terapeuta
 é fazer uma construção conjunta de conhecimentos sobre a pessoa, porque ninguém sabe mais de sua vida, de sua vivência, de suas experiências, de seus sofrimentos, de suas alegrias, do que ela mesma.

São esses conhecimentos, entre outros, que são resgatados e reproduzidos na sessão de terapia (analítica). Essa técnica é uma fonte de informações riquíssimas e que muito do sofrimento e dos sintomas das pessoas podem se explicar nesse trabalho conjunto, além de possibilitar rever condutas, sentimentos próprios e de outras pessoas, de compreender e criar possibilidades de lidar com essas situações que já passaram e outras que ainda virão.

domingo, 16 de outubro de 2011

Psicanálise

Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica desenvolvido por Sigmund Freud, médico neurologista vienense nascido em 1856. Propõe-se à compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente. Essencialmente é uma teoria da personalidade e um procedimento de psicoterapia contudo é inquestionável, em nossos dias, suas contribuições para compreensão da ética, moralidade e cultura humana.